imagem ilustrando artigo O que é e para que serve o Plano Diretor?

Plano Diretor é um documento que visa ao planejamento urbano e sua política de desenvolvimento. Por isso, indica o que será preservado e quais construções são permitidas em cada região da cidade.

Apesar de ser pouco considerado, o Plano Diretor interfere na vida de toda a população. Um exemplo simples é a criação dos loteamentos planejados. Eles são implementados em locais estratégicos e oferecem toda a infraestrutura necessária para os moradores. Afinal, isso já está previsto no documento.

No entanto, existem mais detalhes a considerar. Por isso, neste post vamos explicar melhor o que é o Plano Diretor e para que ele serve. Acompanhe!

O que é Plano Diretor?

O Plano Diretor é um instrumento de política pública voltado ao planejamento municipal. Ele define como será feita a expansão urbana, a fim de garantir o máximo aproveitamento do espaço disponível na cidade.

Por meio desse documento, a função social da propriedade é estabelecida. Da mesma forma, as áreas podem ser fiscalizadas e o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é determinado, por exemplo.

Portanto, mais do que saber o que é o Plano Diretor, é preciso entender que ele é regulamentado pelo Estatuto da Cidade, Código Florestal e Lei de Parcelamento do Solo Urbano.

Na prática, esse documento dita o que pode ser feito em cada região. Por exemplo, em uma cidade litorânea, indica se pode haver prédios na orla da praia, se a vegetação de restinga deve ser preservada, etc. Em todos os municípios, sinaliza, entre outras coisas:

  • quais atividades podem ser realizadas em determinado bairro (se é possível abrir um comércio, se é apenas residencial e mais);
  • quantos andares uma construção pode ter;
  • qual infraestrutura deve ser ofertada no local.

Portanto, o plano diretor tem tudo a ver com a sua qualidade de vida.

O que deve conter no Plano Diretor?

O ideal é que esse documento seja discutido entre a prefeitura e a população, já que é do interesse de todos. No entanto, os pontos a serem abordados são sempre os mesmos e estão previstos no Estatuto da Cidade. A seguir, mostramos quais são eles.

Operações urbanas consorciadas

Estão planejadas com o objetivo de melhorar a estrutura de determinada área da cidade. O Plano Diretor deve definir quais são elas para garantir seu aperfeiçoamento urbanístico, ambiental e social.

Direito de transferir

É a possibilidade de conceder ao proprietário de um imóvel o direito de construir em outro lugar. Esse direito pode ser previsto quando a propriedade em questão for considerada para:

  • instalação de equipamentos urbanos e comunitários;
  • preservação (nos casos de construções que fazem parte do patrimônio histórico);
  • implantação de programas de habitação de interesse social.

Direito de preempção

Consiste na designação de zonas especiais, em que o indivíduo terá prioridade na compra pelos cinco anos posteriores. Esse direito é assegurado quando a região for utilizada para a construção de habitações populares ou outra finalidade de interesse coletivo.

Parcelamento, edificação e uso compulsórios de imóvel

Serve para evitar que imóveis urbanos fiquem desocupados por muito tempo e agreguem o déficit habitacional. Nesse caso, o município delimita um coeficiente que serve como referência.

A partir dele os proprietários de terrenos e construções abandonados são convocados a agir de uma das seguintes formas:

  • parcelamento: é quando ocorre o loteamento ou o desmembramento de parte das terras para construir novas edificações. Pode haver a abertura de novas ruas;
  • edificação: consiste na construção de um imóvel em um terreno desocupado;
  • utilização de imóvel existente: indica que a propriedade desocupada deve ser utilizada.

Direito de outorga onerosa do direito de construir

Consiste em uma contrapartida financeira para que o proprietário de um imóvel construa além do chamado coeficiente de aproveitamento básico.

Esse índice representa uma área máxima autorizada pelo município, a fim de evitar que a obra cause impactos negativos na infraestrutura da cidade. Os recursos financeiros não financiam a infraestrutura.

Direito de alterar onerosamente o uso do solo

É o item que garante aos proprietários de determinada região a possibilidade de modificar o uso da propriedade. Para isso, é preciso fazer o pagamento de uma contrapartida financeira. Nem todas as áreas municipais estão abrangidas neste direito.

Para que serve o Plano Diretor?

Como você pôde perceber, mais do que saber o que é o Plano Diretor, é importante entender sua relevância. Esse documento garante uma cidade mais equilibrada, inclusiva e sustentável.

Afinal, as delimitações para construções e a definição do que pode ser feito em cada região evitam o crescimento desenfreado das cidades. Ao mesmo tempo, o planejamento urbano traz vários benefícios, como mais qualidade de vida, urbanização equilibrada e boa infraestrutura no município.

Assim, também são atendidas as demandas dos cidadãos, já que o Plano Diretor é feito a partir de estudos aprofundados. Desse modo, as áreas ambientais são preservadas e restauradas, e as mais urbanizadas seguem um planejamento de curto, médio e longo prazo.

Agora, você já sabe o que é o Plano Diretor e entende a importância de morar em um bairro que segue essas diretrizes municipais. Por isso, vale a pena investir em um loteamento planejado, que tem todas essas características.

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