imagem ilustrando artigo Descubra como praticar a coleta seletiva em casa

A sustentabilidade é um assunto cada vez mais recorrente devido à preocupação da sociedade com o meio ambiente e o uso consciente dos recursos naturais. Nesse cenário, a prática da coleta seletiva é uma estratégia importante para colaborar com a reciclagem do lixo e reduzir os efeitos nocivos ao planeta.

Essa é uma das práticas de uma vida sustentável, que preza pelo consumo consciente e pelo aproveitamento máximo dos recursos. Assim, a coleta seletiva em casa é o primeiro passo para contribuir com o nosso próprio futuro.

Para entender melhor, preparamos este conteúdo para explicar o que é a coleta seletiva e como fazer isso corretamente em sua residência. Acompanhe!

O que é coleta seletiva?

A coleta seletiva em casa trata da separação dos resíduos de acordo com diversos critérios. O principal é a possibilidade de reciclagem, a fim de garantir o destino correto que permita a sua reutilização. Porém, também é comum diferenciar o lixo de acordo com o tipo de material para facilitar o reaproveitamento dos itens.

Essa prática é fundamental para reduzir o lixo, o uso dos recursos naturais e resíduos. Afinal, eles prejudicam o meio ambiente e trazem impactos negativos à saúde da população. Além disso, o descarte incorreto aumenta a poluição das águas e das matas, trazendo prejuízos a todo o ecossistema.

Como benefício, é possível reduzir problemas relacionados à poluição e ao descarte irregular de resíduos, como enchentes. A diminuição do uso dos aterros sanitários também mitiga os impactos que eles trazem aos lençóis freáticos e mananciais, beneficiando a saúde da população.

Finalmente, vale destacar que essa é a fonte de renda de muitas pessoas. Assim, catadores de materiais recicláveis e cooperativas especializadas garantem que a coleta seletiva ajude no sustento da população de baixa renda.

Por que fazer a coleta seletiva?

Mais do que uma “modinha”, a coletiva seletiva residencial traz diferentes vantagens para todo o planeta. Veja, a seguir, o motivo de ter uma casa sustentável adotando essa prática:

Menos extração de novos recursos naturais

A separação do lixo evita que os materiais recicláveis cheguem aos aterros sanitários e demorem anos para se decompor. Assim, eles servem para a fabricação de outros produtos, evitando a extração de mais recursos naturais para essa fabricação. Portanto, é uma atitude voltada à responsabilidade ambiental.

Menos contaminação

O descarte incorreto de resíduos contamina os lençóis freáticos, o solo, os rios, os mares e até o ar. Isso acontece devido a vários fatores, por exemplo:

  • poluição de rios e córregos, que pode levar a enchentes e inundações, além de prejudicar a vida marinha;
  • geração de chorume, uma substância de cor escura e malcheirosa. Sua penetração no solo polui o terreno e contamina os lençóis freáticos;
  • decomposição da parte biodegradável do lixo orgânico e doméstico que não passa pela coleta seletiva. Esse processo libera gases, inclusive o metano, que contribui para o efeito estufa.

Mais empregos, mais dinheiro

Muitas famílias vivem da coleta seletiva nas cidades. Segundo dados do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, há cerca de 800 mil pessoas no Brasil que passaram a ter uma renda contribuindo para a limpeza urbana, sendo verdadeiros agentes ambientais.

Essa ação:

  • traz melhorias para a saúde pública;
  • controla a poluição de solos, ar e rios;
  • gera economia ao Estado por deixar de ser necessário construir aterros sanitários.

Educação

Os centros de reciclagem são espaços de educação ambiental. Assim, podem ser visitados por crianças e famílias que desejam saber mais sobre o assunto. Sem contar que a coleta seletiva em casa cria o senso de responsabilidade no que se refere ao descarte do lixo corretamente.

Como praticar a coleta seletiva em casa?

Depois de conhecer a importância e os benefícios da coletiva em casa, é essencial entender como implementar essa prática no seu dia a dia. Confira o passo a passo completo para fazer isso!

Separe o lixo corretamente

Para começar, separe corretamente todos os resíduos da casa, entre materiais recicláveis — vidro, papel, plástico e metal — e não recicláveis, como lixo orgânico, produtos químicos ou tóxicos.

Uma dica para facilitar essa tarefa é adotar o uso de recipientes de cores diferentes. Você pode definir uma cor para itens recicláveis e outra para não recicláveis ou, se tiver espaço, também dividir os materiais que podem ser reutilizados.

Para quem deseja separar seguindo as cores previstas na Resolução n. 273 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, basta seguir estas indicações: 

  • amarelo: metal;
  • azul: papel ou papelão;
  • branco: resíduos de hospitais e serviços de saúde (seringas, gazes etc.);
  • cinza: lixo não reciclável, contaminado ou que não permita a separação;
  • laranja: resíduos perigosos, como pilhas e  baterias;
  • marrom: lixo orgânico;
  • preto: madeira;
  • verde: vidro;
  • vermelho: plástico.

Evite misturar lixo orgânico, tóxico e químico

Nem sempre é possível separar todos os tipos de lixo, principalmente devido ao volume de resíduos produzidos em casa.

Nesses casos, é essencial separar, pelo menos, os recicláveis dos não recicláveis. Materiais orgânicos, tóxicos e químicos devem ser separados dos demais para evitar contaminação e garantir que possam ser reutilizados.

Classifique os resíduos

Além das categorias anteriores, você também pode dividir os resíduos em quatro grandes grupos: 

  • orgânicos: é todo aquele com origem biológica. Por exemplo, cascas de legumes e frutas, restos de alimentos, folhas etc.;
  • reciclável não perigoso: abrange papelão, papel, alumínio, vidro e plástico;
  • não reciclável e não perigoso: é um material que não é reciclado ou seu processo é difícil. É o caso de etiquetas, adesivos, espelhos, fita crepe, esponjas de aço e mais;
  • perigoso: contempla elementos que apresentam risco ao meio ambiente ou à saúde pública. Eles podem ser inflamáveis, radioativos, corrosivos e mais. Por exemplo, lixo hospitalar, restos de tinta, produtos químicos, remédios e pilhas.

Esses últimos resíduos devem ser destinados ao lugar correto. Há vários pontos de coleta de pilhas e baterias, por exemplo. Por sua vez, os medicamentos podem ser entregues nas farmácias, supermercados e Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Higienize e reduza o volume dos resíduos

Uma medida para aumentar a eficiência da coleta seletiva em casa é higienizar o lixo seco, para não deixar resíduos ou umidade. Isso evita a contaminação e facilita o processo executado nas cooperativas e empresas destinadas à reutilização ou reciclagem dos materiais.

Outra dica para auxiliar é reduzir o volume do lixo: dobre embalagens de papel, papelão ou tetrapak e amasse os metais ou plásticos, como latas e garrafas PET. Isso reduz o espaço necessário para transporte, facilita a coleta, evita o mau cheiro e a aproximação de insetos.

Embale corretamente

Pouco adianta colocar os resíduos da coleta seletiva em qualquer embalagem. O correto é inseri-los nos locais corretos. Por exemplo, as pilhas não devem ser colocadas em sacos biodegradáveis. Isso porque eles podem biodegradar e facilitar o vazamento do material tóxico.

Então, como fazer? Veja as dicas de coleta seletiva residencial para cada um dos tipos de resíduos: 

  • biodegradáveis: coloque em sacos de lixo com essa característica ou realize a compostagem doméstica;
  • recicláveis não perigosos: use saco de lixo reciclável ou já reciclado;
  • perigosos: é preciso verificar a recomendação para cada um dos tipos de resíduos;
  • não recicláveis e não perigosos: o ideal é tentar reduzir o consumo. Se for impossível, utilize um saco de lixo reciclado ou reciclável.

Evite o consumo em excesso

Tente evitar a geração de uma grande quantidade de resíduos. Afinal, isso é um grande aliado da coleta seletiva em casa. Por isso, sempre tente reutilizar e evite o consumo excessivo. Para isso, pense se você deseja algo, veja se realmente vale a pena e se é possível fazer a troca.

Procure locais adequados para o descarte

Muitas vezes, o próprio município ou condomínio contam com a coleta seletiva. Porém, caso não tenha o serviço no seu endereço, procure uma cooperativa, uma Organização Não Governamental (ONG) ou outras pessoas que recolhem os lixos recicláveis.

Dar a destinação correta é essencial para garantir que a separação dos resíduos será efetiva.

Tenha atenção ao lixo eletrônico

Além disso, tenha atenção à forma de descarte dos materiais não recicláveis. Pesquise quais são os locais para jogar fora os lixos, como pilhas, baterias, seringas e orgânicos. Isso evita a contaminação dos aterros sanitários e auxilia na preservação ambiental.

Especificamente em relação ao descarte de lixo eletrônico, tente fazer os materiais entrarem na logística reversa. Essa é uma forma de garantir a destinação correta e evitar a poluição de solos e lençóis freáticos.

Quais materiais podem ser reciclados?

Para fazer a coleta seletiva residencial, vale a pena conhecer os materiais passíveis de reciclagem. Confira quais são eles:

Todos os tipos de papéis

Qualquer modelo de papel é reciclável, inclusive caixas longa vida e de papelão. A única exceção são os materiais com material orgânico. Portanto, evite enviar para a coleta seletiva coisas, como:

  • fitas adesivas;
  • caixas de pizza;
  • filtros de cigarro.

Plásticos

Quase a totalidade dos plásticos também pode ser reciclada. Isso vale para tampas, garrafas PET e mais.

Vidros

A maioria também pode ser reaproveitada. A única exigência é que o recipiente esteja limpo e seco.

As exceções são:

  • cristais;
  • espelhos;
  • cerâmica;
  • lâmpadas;
  • porcelana;
  • vidros temperados e de automóveis.

Metais

Também é possível reciclar a maioria dos metais. Isso inclui latas de alumínio, pregos, tampas, parafusos etc. As exceções são:

  • clipes;
  • canos;
  • grampos;
  • esponjas de aço.

Isopor

É pouco realizada devido ao custo elevado. No entanto, existem algumas empresas que transformam esse material em rodapés e outros voltados para a fase de acabamento de obras.

Como vimos, a sustentabilidade é essencial para garantir o bom uso dos recursos naturais para as gerações atuais e futuras. Nesse cenário, a coleta seletiva em casa é uma ótima forma de colaborar com isso. 

Esperamos que, seguindo essas dicas, você consiga implementar essa estratégia em sua residência e colabore com a preservação do meio ambiente. Afinal, a coleta seletiva é uma responsabilidade de todos nós. Então, que tal começar?

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