Você já ouviu falar de casa autossuficiente? Esse é um tipo de construção que visa reaproveitar os recursos, garantindo um funcionamento mais sustentável. Esse imóvel consegue produzir a sua própria energia elétrica, reutilizar a água da chuva e oferecer todo o conforto necessário sem impactar muito o meio ambiente.
Ações práticas da sustentabilidade que fazem a diferença são adotadas. Além desse impacto positivo, esses imóveis também geram economia de dinheiro, já que o gasto com as contas básicas acaba diminuindo.
Por todos esses motivos, vale a pena conhecer melhor esse conceito. Neste artigo, vamos explicá-lo melhor. Que tal saber mais?
O que é uma casa autossuficiente?
Uma casa autossuficiente é uma construção que funciona de modo autônomo ou com o uso de poucos recursos. Assim, são utilizados os meios para gerar eletricidade, abastecer a água e plantar alimentos.
Além disso, as casas autossuficientes costumam realizar o descarte adequado e o reaproveitamento de resíduos. Portanto, é normal ter sistemas de reciclagem e compostagem.
Isso exige um investimento maior tanto no projeto quanto nas diferentes etapas de uma obra. Porém, esse valor a mais compensa, porque você gasta menos a longo prazo.
Como a casa autossuficiente impacta a sustentabilidade?
A casa autossuficiente melhorará o uso dos recursos ambientais, econômicos e sociais. Os efeitos negativos são minimizados. Nesse sentido, existem 6 principais fatores que fazem a construção ter essa característica. Veja quais são eles.
1. É construída com produtos sustentáveis
Os materiais usados na obra das casas autossuficientes são sustentáveis, a fim de reduzir o impacto ao meio ambiente. Eles podem ser reaproveitados, reciclados ou agredir menos a natureza. Um exemplo é o porcelanato, que consegue imitar mármore, madeira e outros itens com efeitos mais brandos.
2. Utiliza a reciclagem e o reaproveitamento
O objetivo de uma construção sustentável é reduzir a quantidade de resíduos. Por isso, é necessário reciclar e reaproveitar, além de fazer o descarte adequado. Outras medidas também podem ser implementadas, como sistema de compostagem. Afinal, o objetivo é sempre aproveitar os recursos ao máximo e implementar hábitos saudáveis.
3. Aproveita a energia solar
Uma casa autossuficiente pode utilizar o sol para gerar energia. A ideia é garantir que todo o uso do imóvel seja produzido dessa forma. Assim, é possível dispensar a eletricidade tradicional.
Em lugares com muito vento, é possível conseguir a economia de energia com o modelo eólico. Independentemente da opção, essas são boas alternativas para implementar uma arquitetura sustentável.
4. Tem boa ventilação e iluminação natural
A ventilação e a iluminação natural impactam a sustentabilidade por deixarem de exigir o uso de eletricidade em lâmpadas, ar-condicionado e aquecedores. Nesse sentido, a posição do terreno e até a adoção de uma casa com conceito aberto fazem a diferença.
O propósito é garantir o máximo aproveitamento possível do vento e da luz solar. Isso importa tanto pela questão de utilização consciente dos recursos quanto pelo bem-estar. Por exemplo, os benefícios do sol são variados, interferindo na produção hormonal e melhoria da saúde mental.
5. Economiza com o sistema de abastecimento de água
Uma casa sustentável visa produzir os recursos naturais utilizados, inclusive a água. Assim, utiliza cisterna ou poço para não precisa do serviço público.
Também faz a captação de água da chuva para utilizar nas regas de plantas, lavagem de calçadas e descarga no banheiro. Ainda tem o telhado verde, que reutiliza esse recurso na irrigação da vegetação e ainda traz conforto acústico e melhoria do bem-estar pelo contato constante com a natureza.
6. Traz economia no supermercado
Muitos alimentos podem ser produzidos nas casas autossuficientes, especialmente, frutas, vegetais e temperos. Dependendo do tamanho do terreno, é possível ter um lago com peixes e até um galinheiro para garantir sempre uma comida fresquinha sem gastar muito.
O que não pode faltar em uma casa autossuficiente?
1. Energia
O imóvel autossuficiente pensa em recursos que ajudem a demandar menos a energia elétrica. Nesse sentido, a principal alternativa é a solar. Além disso, o projeto deve privilegiar a entrada de luz solar indireta.
Para isso, vale contar com um profissional que analise a incidência dos raios solares ao longo do dia e identifique as variações durante o ano. Assim, poderá planejar o melhor local para janelas, blocos de vidro e tijolos. Isso reduzirá a necessidade do consumo.
2. Reaproveitamento de água
Em vez de utilizar somente o serviço público de abastecimento, a casa autossuficiente aproveita os poços, cisternas e sistemas de captação de água da chuva. Isso permite utilizar o recurso da melhor forma possível, evitando o desperdício.
Nesses casos, até a água utilizada na máquina de lavar é reutilizada. Ela permite lavar a calçada ou dar a descarga no banheiro, por exemplo.
3. Gás
Você pode usar um biodigestor para gerar gás a partir de resíduos orgânicos, como restos de alimentos e fezes. Esse sistema é bastante usado em áreas rurais, mas já existem sistemas passíveis de utilização em residências. Inclusive, ele é compacto e eficiente, trazendo um excelente custo-benefício.
4. Alimentos
Em uma casa autossuficiente, você prioriza o cultivo de frutas e vegetais. Isso pode ser feito no quintal, na varanda, em um dos modelos de jardim de inverno ou em um terraço. Tudo depende do espaço disponível.
Isso reduz a necessidade de comprar alimentos e aumenta a sua saúde. Afinal, alimentos frescos aumentam a qualidade de vida.
5. Ventilação natural
O aproveitamento do vento aumenta o conforto térmico na residência sem necessitar utilizar energia. Assim, você deixa de lado a necessidade de usar o ventilador e o ar-condicionado.
Nesse caso, uma boa alternativa é usar a ventilação cruzada. Ela prioriza a passagem de vento na casa. Por isso, o projeto precisa ser bem estruturado.
6. Produtos sustentáveis
Utilize produtos fabricados com materiais recicláveis ou renováveis para a construção impactar menos o meio ambiente. Por exemplo, cimento fabricado a partir de tintas atóxicas e resíduos, lâmpadas com certificado de eficiência e madeira de demolição.
7. Reciclagem
Os materiais utilizados seguem para reciclagem, quando não podem ser reaproveitados. Inclusive, o próprio imóvel pode contar com um projeto que insira esses produtos na construção. Assim, parte do lixo segue para a compostagem e o restante vai para os locais corretos para descarte adequado.
No caso de medicamentos, baterias, esmaltes e eletrônicos são entregues nos lugares certos para evitar a contaminação do solo e do meio ambiente.
Como investir em sustentabilidade sem deixar o design de lado?
Para investir em sustentabilidade sem deixar o design de lado, você precisa de um projeto bem elaborado e que priorize o uso dos materiais corretos. O ideal é contratar um profissional que invista nas ideias certas, que estejam adequadas ao que você busca. O design biofílico é uma opção.
Ele prioriza o uso da ventilação cruzada, da iluminação natural e das paredes e dos telhados verdes. Assim, basta complementar com as outras ideias para ter uma casa autossuficiente de verdade.
E você, gostou de conhecer melhor esse termo? Aproveite para ver mais dicas úteis para implementar no seu imóvel lendo os textos do blog da Ávila Urbanismo.
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