imagem ilustrando artigo Como quitar dívidas: um guia completo para sair do vermelho

Uma das principais dificuldades enfrentadas pelas pessoas é identificar como quitar dívidas e se livrar das pendências financeiras. Muitas vezes, isso se torna um ciclo vicioso, especialmente diante do acúmulo de contas com incidência de multas e juros, que encarecem o débito.

Inclusive, conforme dados divulgados pelo Serasa, em outubro de 2021 o número de inadimplentes no Brasil era de 63,4 milhões. Já o valor das dívidas somava R$ 253,65 bilhões. É um valor bastante expressivo, que demonstra os desafios de sair do vermelho e organizar as finanças.

Se você também passa por esse problema, continue a leitura deste material. Preparamos um guia completo para mostrar como quitar dívidas, sair do vermelho e manter finanças saudáveis. Acompanhe!

Qual é a importância do planejamento financeiro?

Ao refletir sobre como saldar os débitos para sair do vermelho, é comum pensar em dinheiro, já que ele será necessário para viabilizar os pagamentos. Nesse sentido, é crucial que você tenha um bom planejamento financeiro , disciplina e comprometimento .

É com base nisso que será possível organizar o orçamento para identificar a situação atual e encontrar formas de regularizar seus débitos com os credores. Para tanto, vale seguir alguns passos, olha só:

  • anote seus ganhos, considerando todas as suas fontes de renda;
  • liste todos os gastos, fixos e variáveis;
  • separe as despesas em categorias;
  • verifique se os ganhos são suficientes para todas as despesas;
  • crie metas de economia e mantenha um planejamento frequente.

E, para facilitar a tarefa, você pode recorrer às planilhas de controle financeiro ou aplicativos de finanças. Utilizando as ferramentas de busca na internet, há a possibilidade de encontrar diversos instrumentos para dar suporte ao seu planejamento.

Como você verá nos próximos tópicos, esse planejamento trará informações relevantes para auxiliar na tomada de decisão e na definição de estratégias para regularizar suas dívidas.

Quais são os principais motivos que levam ao acúmulo de dívidas?

Uma dica importante para combater qualquer tipo de problema é conhecer as principais causas. O motivo é que isso permite identificar pontos de atenção e adotar práticas preventivas. Sendo assim, quando se trata de meios de quitar dívidas, é interessante entender o que gera o acúmulo de contas.

Desse modo, você terá uma visão mais ampla para avaliar sua situação e promover melhorias. Ou seja, esse conhecimento ajudará a regularizar seus débitos e evitar novas dívidas. A seguir, veja as principais causas do endividamento.

Falta de controle financeiro

A primeira causa do endividamento da população é a falta de controle financeiro. Isso porque, sem acompanhar as rendas e despesas de perto, fica mais difícil identificar se há disponibilidade no orçamento para novos compromissos financeiros.

Portanto, há mais chances de assumir contas superiores à sua capacidade de pagamento. Além disso, a ausência de monitoramento econômico também costuma ser acompanhada da falta de um planejamento para imprevistos, como a composição de uma reserva de emergência e investimentos financeiros.

Ter muitos cartões de crédito

O cartão de crédito facilita as compras, permitindo que você parcele aquisições com facilidade, sem toda a burocracia envolvida em um crediário, por exemplo. Entretanto, ele também traz riscos, já que o limite de crédito pode estimular a aquisição de diferentes produtos e levar ao acúmulo de parcelas.

Quando não há um controle dos gastos e da evolução da fatura, muitas vezes as pessoas assumem uma série de prestações acreditando que elas se alinham ao orçamento. Porém, quando elas são somadas, o valor se torna excessivo.

Considerando que as taxas para financiamento da fatura ou atraso no pagamento são bastante elevadas, há risco de que o problema gere o efeito bola de neve, aumentando cada vez mais o saldo devedor.

Consumir por impulso

Mais um problema comum que pode trazer dificuldades financeiras são as compras por impulso. Antes de gastar, é interessante avaliar se o produto ou serviço são necessários. Sem isso, há riscos de investir seu dinheiro e acabar não usufruindo do que foi comprado.

As compras por impulso também aumentam os riscos de pagar valores excessivos. Nesses momentos, é comum fechar negócio assim que se vê a oferta, deixando de fazer pesquisas complementares para entender se o preço é atrativo. Com isso, você terá gastos maiores que os necessários.

Se a prática for frequente, há mais riscos de ter problemas financeiros e acumular os débitos. Diante do descontrole no orçamento, saber como quitar as dívidas também se torna mais desafiador.

Emprestar o nome para terceiros

Essa prática não tem relação direta com seus hábitos de compra, mas a sua postura perante terceiros que solicitam suporte financeiro. Além de empréstimos diretos para você, eles podem pedir o cartão de crédito emprestado para parcelar uma compra ou a obtenção de um empréstimo em seu nome para conseguir melhores taxas — e até mesmo, a liberação, caso esteja negativado.

Em todos os casos, há um risco de que a pessoa não cumpra com os pagamentos acordados. Se isso acontecer, a dívida será de sua responsabilidade, pois estará em seu nome. Ou seja, você precisará pagar os valores, caso contrário, terá o nome negativado e poderá ser alvo de ações judiciais de cobrança.

Imprevistos em relação à renda

Outro motivo que pode gerar o acúmulo de dívidas são os imprevistos em relação à renda, que afetam o quanto você ganha mensalmente sem que haja tempo para se organizar. Existem diversas situações, por exemplo:

  • perda de emprego;
  • queda de faturamento (se autônomo);
  • atraso no pagamento de salário;
  • inadimplência de clientes;
  • ser alvo de um golpe financeiro;
  • entre outras.

Além disso, é preciso considerar os imprevistos que surgem e exigem maiores gastos, o que pode desequilibrar o orçamento. Doenças ou necessidade de reparos em bens (imóveis, carros, eletrodomésticos, etc.) são causas comuns. Portanto, vale a pena ter maior organização financeira para garantir mecanismos de proteção contra essas situações.

Como quitar dívidas e sair do vermelho?

Conhecendo a importância do planejamento financeiro e os principais motivos que levam ao endividamento, é possível buscar mais organização em seu orçamento. No entanto, para conseguir sair do vermelho, é importante conhecer também as dicas sobre como quitar dívidas. Confira as principais!

Faça um levantamento das dívidas

O ponto de partida é fazer um levantamento de todas as suas dívidas, para identificar o total devido — incluindo multas e juros — e os respectivos credores. Então anote o total do débito, a data de vencimento e a taxa de juros, em um percentual ou valor que permite observar quais têm encargos maiores.

Caso tenha dúvidas, vale a pena entrar em contato com os credores ou fazer consultas nos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa, Boa Vista, SPC, etc. Neles, é possível detectar se existem negativações, o credor e valor.

Para facilitar, essas empresas permitem que o consumidor realize um cadastro e, confirmando a sua identidade, fornecem a consulta grátis ao CPF. Dessa forma, você consegue verificar todas as pendências e garante que nenhuma conta ficará para trás.

Corte os gastos desnecessários

Após identificar o montante total devido, é hora de reavaliar o orçamento para cortar gastos desnecessários. O objetivo é conseguir economizar mais a cada mês, possibilitando que o dinheiro seja direcionado ao pagamento das dívidas.

É aqui que ter um planejamento financeiro detalhado, conferindo todas as receitas e despesas se torna essencial. Afinal, é com base nessas informações que você pode reavaliar custos excessivos, gastos que podem ser evitados e pontos de economia.

Para facilitar, existem alguns pontos que costumam gerar possibilidade de reduzir despesas. Veja só:

  • pacotes de telefonia e internet, que fornecem serviços que não são usados por completo;
  • serviços variados de streaming, quando a família não usa todos ou pode abrir mão de algum contrato;
  • refeições frequentes em restaurante ou excesso de pedidos em delivery;
  • compras por impulso ou sem pesquisas prévias de preço para buscar ofertas mais atrativas.

Crie metas de economia

Para complementar a dica anterior, é interessante estabelecer metas com o quanto guardar a cada mês. Isso ajudará a manter o foco no objetivo, fator crucial para que você consiga guardar os valores e não acabe por gastá-los em itens supérfluos.

No entanto, é preciso ter atenção para que as rendas sejam realistas, considerando o mensal e os gastos essenciais para a família. Uma dica complementar é planejada para os familiares, afinal, a participação de todos os objetivos pode ser diferenciada para alcançar-los com mais facilidade nos custos, já que todos podem ser envolvidos.

Busque formas de aumentar os ganhos

Sabemos que nem sempre meios de reduzir conforme as vistas ocorrem . Em outros casos, ainda que seja possível, isso não é suficiente para sobrar dinheiro todos os meses, permitindo apenas reduzir o montante que se acumula nas dívidas.

Nessas situações, vale a pena buscar formas de aumentar os ganhos e obter renda extra. Vender marmitas ou roupas, prestar serviços de conserto ou motorista, dar aulas particulares de um tema que você domina, entre outras possibilidades, podem garantir um orçamento mais folgado.

Priorize dívidas com maior juros

Com as finanças planejadas e organizadas para iniciar os pagamentos, é hora de iniciar a quitação das dívidas. Aqui, uma dica fundamental é priorizar os débitos com maiores juros. O motivo é simples: eles aumentam em maior velocidade, já que os encargos são superiores.

Isso só não se aplica caso a diferença no valor original seja muito grande e a dívida mais barata ou com maiores juros. Em um curto prazo, a tendência é que o débito de maior valor traga mais prejuízos que a mais barata.

Para não errar, vale recorrer às calculadoras de juros disponíveis na internet. Com elas, você consegue simular diferentes cenários para identificar quais contas priorizar na hora de regularizar as finanças.

Renegocie os pagamentos

No momento de quitar as dívidas, é interessante tentar renegociar os débitos. Com essa prática, você tem chances de conseguir condições mais atrativas, como parcelamentos que evitam o aumento da dívida ou descontos nos encargos. Entretanto, é essencial adotar alguns cuidados nesse momento. São eles:

  • defina sua disponibilidade financeira para assumir parcelas ou pagamentos à vista;
  • tenha cuidado para não assumir obrigações superiores à sua capacidade;
  • observe todas as condições da proposta para que não restem dúvidas;
  • apresente contrapropostas para tentar condições mais atrativas.

Tenha em mente que fazer um acordo e quebrá-lo retornará a dívida ao patamar anterior, ao mesmo tempo, em que gera uma quebra de confiança com o credor. Ao descumprir um acordo, dificilmente você terá novas oportunidades de negociação tão atrativas quanto a primeira.

Troque dívidas mais caras pelas mais baratas

Outra possibilidade interessante para sair do vermelho é trocar dívidas caras por alternativas mais baratas. Ou seja, considerar obter linhas de crédito para conseguir pagar os débitos à vista, conseguindo descontos no valor, enquanto assume uma dívida com taxas menores e um custo efetivo total (CET) mais atrativo.

Contudo, existem diversos fatores que devem ser considerados para garantir a melhor alternativa para o seu caso. Por exemplo, avalie as taxas de juros e outros custos envolvidos no contrato. Além disso, tenha em mente que, caso esteja negativado, as condições das linhas de crédito são mais restritas.

Para garantir a melhor escolha, faça simulações e solicite propostas em diferentes instituições financeiras. Isso permite fazer comparações para encontrar o melhor custo-benefício. E não se esqueça de avaliar se essa estratégia se alinha ao seu orçamento, considerando as parcelas que serão assumidas.

Mantenha um controle de gastos

Após cumprir todos os passos anteriores e ter um plano para pagar as dívidas, com as devidas renegociações, é fundamental manter um controle de gastos eficiente. Isso porque é necessário garantir a disponibilidade de recursos para cumprir todas as obrigações, evitando novos atrasos e endividamentos.

Ademais, essa é uma medida essencial para evitar assumir novos compromissos que não se encaixam no orçamento, gastos por impulso e outras práticas que prejudicam a saúde financeira. Isso permitirá tomar decisões mais conscientes ao lidar com dinheiro.

Estude educação financeira

Ao se organizar para sair das dívidas, é importante rever os hábitos financeiros e sua relação com o dinheiro para adotar práticas mais benéficas em seu dia a dia. Como você conferiu, o controle financeiro deve ser constante, assim como o planejamento do orçamento.

Nesse sentido, vale a pena pesquisar sobre educação financeira e aprender mais sobre o tema. Isso ajudará a manter um olhar mais estratégico para as finanças, além de auxiliar no desenvolvimento de hábitos mais saudáveis para lidar com o dinheiro, por exemplo:

  • manter um orçamento planejado a cada mês;
  • evitar gastos por impulso;
  • ter metas financeiras;
  • manter uma reserva de emergência para lidar com imprevistos;
  • investir o dinheiro para obter rendimentos.

Dessa maneira, é mais fácil traçar uma jornada positiva para suas finanças. Portanto, é interessante tornar o planejamento financeiro um hábito, auxiliando no controle dos gastos para evitar novas dívidas e permitir que você alcance diferentes objetivos.

Viu só? Ao mesmo pensar em como sair dos débitos, a tarefa bastante desafiadora e, até mesmo, parece impossível. Porém, com uma boa organização financeira para lidar com as pendências, é possível do vermelho e conquistar um orçamento familiar saudável para realizar suas conquistas.

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