imagem ilustrando artigo Investimento para iniciantes: como começar a investir com pouco

Existem várias opções de investimento para iniciantes. Neste post explicamos quais são elas e trazemos dicas para você saber como começar a investir com pouco. Confira!

É bem possível que você já tenha pensado em alocar seu dinheiro em alguma aplicação financeira. Afinal, todo mundo quer ter uma renda passiva, ou seja, gerada sem esforço. A questão é que nem todos sabem qual é o melhor investimento para iniciantes.

Normalmente, quem está nesse patamar tem uma quantia menor — e isso pode desanimar. No entanto, existem várias formas de saber como começar a investir com pouco. Basta conhecer as alternativas e saber quais delas trazem os melhores rendimentos de acordo com a sua realidade.

Assim, você escolhe o ativo certo e inicia a construção do seu patrimônio. É isso que deseja? Então confira este post com todas as informações de investimentos para iniciantes. Acompanhe!

A importância do investimento para iniciantes

Quando você decide construir o seu futuro, começa a pensar em tudo que pode conquistar. É aqui que o investimento para iniciantes se destaca.

Qualquer objetivo ou meta a ser conquistado depende de algum investimento. Muitas vezes, de dinheiro. Quer ver alguns exemplos? Quando você faz uma viagem, compra uma casa, um carro ou participa de um intercâmbio, precisa desembolsar determinada quantia.

Portanto, os investimentos têm relação direta com a realização de sonhos. Eles são facilitadores, porque aumentam a sua renda e permitem conquistar o que deseja com mais rapidez.

Ao mesmo tempo, também trazem equilíbrio financeiro e evitam o endividamento. Isso é importante para garantir que você tenha um futuro mais tranquilo.

Esses são apenas alguns dos benefícios conquistados. Ainda existem outros, como:

  • geração de renda passiva, ou seja, aquela conquistada sem trabalho ou esforço;
  • aumento do poder de compra, isto é, o seu dinheiro deixa de perder valor por conta da inflação;
  • independência financeira, com o controle do seu orçamento;
  • alcance de metas e objetivos, com a consequente realização de sonhos;
  • formação e ampliação do seu patrimônio;
  • melhoria da qualidade de vida, com a possibilidade de se aposentar mais cedo;
  • aprendizado financeiro, já que você precisará conhecer o mercado para identificar as melhores oportunidades.

Em suma, mesmo que você comece investindo pouco dinheiro, terá algum retorno. Quanto mais aplicar, maior será a sua remuneração. Ou seja, com o tempo, será possível chegar ao patamar que deseja.

Como começar a investir com pouco? Veja 10 dicas

Mesmo que você queira um investimento para iniciantes, pode aplicar seu dinheiro. Inclusive, muita gente faz isso. Pelo menos, é o que o Raio-X do Investidor, da Anbima, apresenta em seus dados.

O relatório mostra que a maior parte dos investidores fazem parte da classe C2 (34,6%). Em seguida, vem a C1, com 29,8%. Como vários investidores ainda aplicam pouco dinheiro, o produto financeiro mais buscado é a poupança, com 84,2%.

Ainda assim, existem outras possibilidades, como veremos adiante. Para isso, é preciso saber como começar a investir com pouco. Não hesite em dar o primeiro passo. Veja o que fazer e entenda como aplicar à sua realidade.

1. Faça um bom planejamento financeiro

Para iniciar, elabore um bom planejamento financeiro, que servirá de guia para todas as suas ações. O objetivo é se organizar, ver como estão as suas finanças, quais são as suas possibilidades para, então, tomar uma atitude.

Chegar a esse patamar depende de fazer uma análise financeira. Confira todas as entradas e saídas do orçamento. Para isso, anote os dados em uma planilha ou aplicativo financeiro.

Faça isso por 1 mês, pelo menos. Ali, separe os gastos por categorias, como: moradia, alimentação, lazer e internet. Lembre-se de anotar todos os valores, mesmo os menores.

Se comprar uma bala de R$ 0,50, coloque na sua planilha! Parece exagero? Na verdade, não é. Somente dessa forma será possível ver de forma exata quanto você ganha e gasta, além de em quais categorias é possível reduzir os gastos.

A partir dessa análise, veja quais supérfluos vai reduzir. Essa avaliação é bastante pessoal. Pode ser que você decida cancelar a TV a cabo, por exemplo. Outra pessoa pode optar por parar com a academia e fazer atividades ao ar livre.

De toda forma, o importante é ajustar o seu orçamento. Defina um valor mensal que será investido todos os meses. Pode ser qualquer valor, mas ele deve ser prioridade. Portanto, quando o seu dinheiro chegar, você já tira essa quantia e a aplica.

2. Saiba quais são seus objetivos

Fica muito mais fácil guardar dinheiro quando você quer atingir algum objetivo. Por exemplo, construir a casa dos seus sonhos. Com isso em mente, é possível fazer a divisão em várias metas. Nesse caso, algumas delas seriam:

  • escolher um terreno em um loteamento planejado;
  • guardar X reais para comprar um lote (o valor muda de acordo com a sua região);
  • contratar um engenheiro e um arquiteto;
  • poupar Y reais para pagar a mão de obra e os profissionais;
  • juntar Z reais para comprar os materiais necessários.

Perceba que essas metas podem ser conquistadas ao longo dos meses e todas levam ao mesmo objetivo: a construção da casa própria. Por isso, seu horizonte deve ser de:

  • curto prazo: são aquelas metas conquistadas em até 1 ano;
  • médio prazo: abrangem um período de 3 a 5 anos;
  • longo prazo: inclui metas conquistadas em mais de 5 anos.

Faça uma lista de tudo que deseja conquistar, verifique suas prioridades e faça esse processo. Com base em quanto poderá investir por mês, você terá uma ideia de quanto tempo levará para atingir seus objetivos.

3. Evite dívidas

O endividamento é ruim, porque já compromete o seu orçamento pessoal. Quando você está pagando algum empréstimo ou mesmo parcelamentos feitos no cartão de crédito, já tem um valor ocupado, com o qual não pode contar no momento.

Apesar de estar longe do ideal, essa é a situação mais comum no Brasil. Afinal, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de março de 2021 mostrou que o total de famílias endividadas chegou a 67,5%.

Na prática, isso significa que, de cada 10 brasileiros, quase 7 têm algum parcelamento, empréstimo ou financiamento contratado. Com isso, também aumenta o percentual de famílias com dívidas atrasadas. Nesse caso, o índice é de 24,2%.

Em outras palavras, 24 de cada 100 pessoas têm algum boleto ou conta já vencido em aberto. Isso leva a pessoa a ser incluída na lista de inadimplentes e ter mais dificuldade para ter um bom relacionamento com o mercado.

Por isso, antes de saber como começar a investir com pouco, livre-se de todas as dívidas. Use o dinheiro destinado para as aplicações financeiras para quitar os débitos em aberto.

Se possível, renegocie com os credores. Às vezes, vale a pena trocar uma dívida por outra. Nesse caso, veja uma com Custo Efetivo Total (CET) mais baixo. Por exemplo, você pode contratar um empréstimo consignado para pagar o valor atrasado do cartão de crédito.

Depois, evite fazer novos endividamentos. Opte por pagar tudo à vista e, se parcelar algo, cuide da soma das parcelas.

4. Defina o valor a ser investido mensalmente

Você já percebeu que deve aplicar qualquer valor todos os meses. O objetivo é definir uma quantia fixa, que pode ser mais alta, se você tiver condições.

Para delimitar quando e quanto vai investir, considere a sua realidade. Faça essa análise periodicamente, por exemplo, a cada 6 meses. Pode ser que hoje você consiga reservar R$ 100,00, mas possa guardar R$ 300,00 depois desse período.

Outra dica importante é pensar no objetivo a ser conquistado e definir em quanto tempo pretende alcançá-lo. A partir disso, você saberá quanto deverá reservar todos os meses.

Por exemplo, se você quer comprar um lote de R$ 150 mil no prazo de 2 anos, precisa economizar R$ 6.250,00 por mês. Muito pesado? Uma alternativa é reunir a entrada e se organizar para pagar as parcelas.

Nesse caso, digamos que a entrada seja de R$ 30 mil. Assim, você precisa reservar R$ 1.250,00 por mês. E por aí vai.

5. Forme sua reserva de emergência

Você precisa se preparar para todos os imprevistos. Por isso, uma das boas práticas de investimento para iniciantes é formar uma reserva de emergência.

Essa é uma quantia específica para ser usada em situações inesperadas. Por exemplo: uma viagem de última hora, um tratamento de saúde e as contas em caso de desemprego.

A reserva de emergência deve ficar investida em uma aplicação financeira conservadora, com risco próximo de zero, e deve possibilitar sacar o valor a qualquer momento. Algumas opções são:

  • poupança;
  • Tesouro Selic, uma das opções do Tesouro Direto.

6. Conheça os principais investimentos para iniciantes

O mercado financeiro oferece diferentes opções aos investidores. No entanto, nem todas elas são adequadas à sua realidade.

Como você quer um investimento para iniciantes, o ideal é optar por aplicações financeiras conservadoras. Elas são as mais seguras do mercado e têm risco próximo a zero. Fazem parte da renda fixa.

Além disso, você já sabe antecipadamente quanto vai ganhar. Por exemplo, o rendimento é de 4% ao ano. Ou de 2,5% ao ano mais o IPCA.

Ainda existe a renda variável. Os investimentos dessa categoria são mais arriscados, mas oferecem um potencial de ganhos maior. São indicados apenas para quem já está com as finanças equilibradas.

7. Conheça seu perfil de investidor

Antes de começar a investir com pouco dinheiro, você precisa conhecer seu perfil de investidor. É possível chegar ao resultado fazendo o chamado teste de suitability, que é aplicado pelas corretoras de valores.

Basicamente, existem 3 tipos de perfil de investidor:

  • conservador: é aquele que não tolera as perdas. Portanto, deve investir a maior parte na renda fixa;
  • moderado: tolera um pouco mais de riscos, desde que haja potencial para ganhar mais. Tende a equilibrar renda fixa e variável;
  • arrojado: busca potencializar os ganhos, mesmo que isso implique mais riscos. Foca na renda variável.

O ideal é identificar o seu perfil e buscar opções que estejam alinhadas.

8. Diversifique os investimentos

Existe um ditado muito certo: “nunca coloque todos os ovos em uma mesma cesta”. Com os investimentos, é a mesma coisa. Você deve diversificar para diminuir os riscos e potencializar o retorno.

Essa é a melhor forma de não ter grandes prejuízos, caso você registre perdas. Por isso, a diversificação é considerada a regra de ouro do mercado financeiro.

Esse também e o motivo pelo qual é indicado ter algum ativo da renda variável, se você tiver perfil conservador, e vice-versa. Assim, você obtém os melhores resultados possíveis.

9. Tenha paciência e disciplina

Saber como começar a investir com pouco depende de duas principais variáveis: paciência e disciplina. Elas ajudam a manter os gastos sob controle, evitar supérfluos e seguir o planejamento financeiro.

Na hora em que você pensar em desistir, foque nos seus sonhos. Naturalmente, será possível se dedicar mais a outras conquistas e continuar perseguindo o que deseja.

10. Entenda o tipo de remuneração dos investimentos para iniciantes

Todo investimento é remunerado. Existem 3 tipos de rentabilidade aplicadas:

  • prefixada: você já sabe quanto receberá na data de vencimento. Por exemplo, 2,5% ao ano;
  • pós-fixada: o rendimento está atrelado a um indexador, como a Selic, o CDI ou o IPCA;
  • híbrida: combina os dois modelos. Assim, tem uma taxa prefixada e outra variável. Por exemplo, 2,5% ao ano + IPCA.

Todas as possibilidades são válidas. De toda forma, existem algumas regras importantes:

  • todo investimento atrelado ao IPCA mantém o poder de compra. O indicador mede a inflação oficial do Brasil. Por isso, qualquer percentual acima disso representa um ganho real;
  • a rentabilidade prefixada é mais indicada quando a tendência é a queda da taxa básica de juros da economia, ou seja, da Selic;
  • a rentabilidade pós-fixada é recomendada quando há tendência de aumento da Selic.

Quais são os tipos de investimentos?

Dentro do segmento de investimento para iniciantes, existem várias possibilidades. Todos eles integram a renda fixa. De toda forma, vale a pena conhecer as principais opções. Elas são:

  • Tesouro Direto: são os títulos públicos, isto é, emitidos pelo governo federal. São os mais conservadores e menos arriscados;
  • Certificado de Depósito Bancário (CDB): são títulos privados, que são emitidos por instituições financeiras. São conservadores, mas oferecem um pouco mais de risco;
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA): são títulos privados, mas voltados apenas a esses dois setores. São mais arriscados, mas tendem a oferecer um retorno mais elevado;
  • Fundos de Investimento: podem ser da renda fixa ou variável. São como condomínios. Por isso, os investidores adquirem cotas e todo o capital é gerenciado por um gestor especializado. Nesse caso, o investimento indicado para iniciantes é o fundo de renda fixa.

Esses são investimentos conservadores, mas que sempre têm algum risco. Todos fazem parte do mercado financeiro. No entanto, existe outro que é bastante tradicional e já provou seus benefícios: a compra de lotes.

Já diz o ditado que “quem compra terra, não erra”. E é verdade. Os terrenos não desvalorizam, pelo contrário, tendem a aumentar seu valor com o tempo.

Inclusive, esse é um dos motivos que fez a busca por terrenos crescer 52% no terceiro trimestre de 2020, quando comparado ao mesmo período de 2019. Além disso, a venda de imóveis no período aumentou 57,5%, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Se esses dados ainda não convenceram você a considerar a compra de lotes um investimento para iniciantes, saiba que essa modalidade tem 44% mais rendimento do que a poupança. É ou não é uma ótima oportunidade?

Portanto, mais do que um lugar para morar, a compra de lotes é uma forma de saber como começar a investir com pouco. Isso porque você pode dar uma entrada e pagar o restante de forma parcelada. 

Com todos esses conhecimentos, você já pode tomar sua decisão e fazer o que for melhor para sua realidade.
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