imagem ilustrando artigo Jardim vertical: passo a passo para fazer o seu

Não é difícil encontrar revistas e belos projetos de decoração compostos pelo jardim vertical. Isso acontece porque as áreas verdes possuem um papel essencial na valorização de um ambiente, adicionando muita beleza e um toque natural ao espaço.

É também graças às folhagens que conseguimos ter áreas de maior tranquilidade e relaxamento, contribuindo assim, para a diminuição do estresse e promovendo uma melhora significativa da saúde mental. Conforme os profissionais de arquitetura e design de interiores, as plantas são excelentes soluções para regular a temperatura e purificar o ar do local, deixando a sua atmosfera muito mais convidativa. Bem interessante, não é mesmo?

Se você deseja abraçar esse recurso, nada melhor do que conhecer mais a respeito do jardim vertical e o passo a passo para criá-lo em um cantinho especial. Estamos aqui para te ajudar nessa missão. A seguir, anote as nossas dicas e aprofunde-se de vez no assunto. Boa leitura!

O que você precisa saber sobre o jardim vertical

Também conhecido como parede verde ou parede viva, o termo refere-se a um tipo de estrutura desenvolvida especialmente para cultivar plantas verticalmente.

Na maioria das vezes, essas folhagens são posicionadas em paredes, porém, é comum encontrá-las em muros, estantes e estruturas e demais instalações criadas especialmente para esse fim.

Uma vez criado, o jardim vertical ainda permite que o ambiente passe por uma integração com a natureza, já que você terá a oportunidade de adicionar um toque de verde no local.

Tudo isso sem ocupar muito espaço, pois a ideia é aproveitar cada centímetro disponível no local, sem comprometer as atividades e a circulação dos indivíduos. Logo, o jardim vertical é uma tendência que pode ser construída não somente em imóveis residenciais, mas também em empresas e, inclusive, espaços públicos. Demais, não é mesmo?

Benefícios do jardim vertical

Não é de hoje que o jardim vertical é usado. No entanto, foi durante a pandemia e o isolamento social que mais pessoas decidiram investir nessa modalidade.

O motivo? Uma vez isolados, os moradores passaram a sentir a necessidade de entrar em contato com a natureza e aproveitar os benefícios que somente as folhagens conseguem oferecer — e que não se limitam ao toque de sofisticação.

A seguir, listamos quais são esses pontos positivos para te inspirar a adotar a ideia de uma vez por todas. Veja!

  • Conforto térmico: o jardim vertical é excelente para manter o espaço naturalmente resfriado e filtrado. Uma vez presente no local, as plantas conseguem absorver o dióxido de carbono e liberar oxigênio fresco, tornando o espaço mais agradável e saudável;
  • Economia: por oferecer bom isolamento térmico, deixando uma área mais fresquinha, o jardim vertical auxilia na redução do consumo de energia que seria gasto com ventilador ou ar-condicionado. Isso gera uma economia significativa no orçamento dos moradores;
  • Bem-estar: certamente, a tendência é ótima para aproximar o indivíduo da natureza, especialmente aqueles que vivem em grandes cidades e seguem a necessidade de desacelerar. Assim, há a possibilidade de tornar o seu lar um verdadeiro refúgio, onde você conseguirá relaxar, meditar e desfrutar de uma excelente sensação de tranquilidade;
  • Estética: outro ponto positivo é que o jardim vertical ajuda a elevar o status de uma decoração. Além de deixar o ambiente mais colorido e vivo, ele consegue preencher espaços vazios nas paredes, tornando cada centímetro melhor aproveitado. 

O passo a passo para montar um jardim vertical

A seguir, mostraremos como criar o seu próprio cantinho verde e, a partir daí, valorizar ainda mais o seu lar. Anote nossas dicas!

Pense no espaço

A primeira dica para construir um jardim vertical é considerar o espaço onde essa estrutura será montada. Tenha em mente que algumas dessas instalações são fixas. Se você não deseja ter retrabalho, é necessário analisar todos os detalhes antes de tomar uma atitude.

Para garantir que as folhagens permaneçam sempre belas e saudáveis, ainda é bacana escolher uma área que tenha uma boa incidência de iluminação solar. Veja também se o ambiente recebe muito vento durante o dia. Em caso afirmativo, isso beneficiará o crescimento das plantas, bem como a durabilidade da fixação dos vasos.

Escolha a estrutura do jardim vertical

Assim que decidir onde o seu jardim vertical será montado, vem o momento de escolher a estrutura para abrigar as folhagens. Existem diversas opções para quem deseja fazer esse tipo de instalação.

São modelos que podem ser construídos em pallets, em canos de PVC, em quadros decorativos, em vasos de cerâmica ou, até mesmo, em painéis. Essa decisão dependerá unicamente do seu estilo e das características do local.

Outro fator que merece atenção é a proteção da parede. Antes de instalar o jardim vertical, é essencial contar com espaçadores ou estruturas que forneçam um bom apoio.

Desse modo, será possível evitar que as folhagens entrem em contato direto com a parede — o que pode acabar causando mofos ou até comprometendo a saúde das plantas.

Selecione as plantas corretas

Você pode utilizar vários tipos de folhagens para compor o seu jardim vertical. Entretanto, para essa estrutura, o melhor caminho é investir em espécies perenes. Em outras palavras, são aquelas que conseguem manter as flores e folhas intactas ao longo de todo o ano, seja qual for a estação.

Nessa etapa, observe se o espaço recebe boa iluminação solar ao longo do dia. Se sim, as espécies mais recomendadas são:

  • orquídeas;
  • barba de serpente;
  • flor-de-coral;
  • hera inglesa;
  • brilhantina;
  • lambari roxo;
  • liríope.

Se o ambiente contar com pontos de meia sombra, ou seja, áreas que não recebem tanta luz no decorrer do dia, é necessário escolher espécies específicas. As nossas sugestões são:

  • babosa de pau;
  • dedo de moça;
  • antúrio;
  • dinheiro em penca;
  • flor-de-maio.

Comece a instalação do jardim vertical

Com as plantas selecionadas, você já pode pensar na instalação do jardim vertical. Comece checando como está a parede que receberá a estrutura. Dependendo do seu estado, será preciso realizar uma pequena manutenção, como a aplicação de uma pintura ou de uma massa corrida para cobrir buracos.

Depois, coloque os espaçadores ou qualquer outro elemento que sirva como apoio. Ainda nessa etapa, você terá que adicionar uma placa impermeável por trás da estrutura — imprescindível para evitar a umidade e o surgimento de fungos no local.

Assim que finalizar esses cuidados, a área está pronta para receber o seu jardim vertical. O ideal é distribuir as folhagens muito bem para obter um resultado harmônico e esteticamente bonito.

Dica extra! Em alguns casos, existem indivíduos que optam por utilizar um sistema de irrigação automático, a fim de facilitar a manutenção das folhagens. Porém, tenha em mente que esse detalhe demandará o auxílio de um especialista, já que é formado por controle de irrigação, bomba, calha, entre outros elementos que exigem atenção redobrada. Combinado?

Cuidando corretamente do jardim vertical

Com o seu jardim vertical devidamente finalizado, você terá que investir em alguns cuidados diários, a fim de garantir que as folhagens se mantenham bonitas e saudáveis por muito mais tempo. Em resumo, esta é a etapa da manutenção. Não sabe por onde começar? Veja as nossas recomendações!

Utilize substrato especial

Para assegurar que as flores e folhas fiquem vivas e se adaptem com facilidade ao jardim vertical, você terá que contar com o substrato especial — que, por sua vez, deverá ser usado para substituir a terra convencional.

Ao escolher o seu, prefira as versões que apresentem boa qualidade, como aquelas desenvolvidas a partir de fibra de coco ou que apresentem turfa importada em sua composição.

Faça podas frequentes

Você sabia que as podas são essenciais na manutenção do jardim vertical? Por isso, essa prática deve ser feita regularmente, removendo as folhas secas ou doentes, galhos ou raminhos que acabam raspando um no outro. Com esse cuidado, será possível estimular — e até orientar! — o crescimento das folhagens, garantindo que todo o espaço fique ainda mais bonito.

Capriche na adubação

Outro fator imprescindível na manutenção do jardim vertical é a adubação. Essa etapa deve ser priorizada nos cuidados com as folhagens.

Para tanto, você terá que comprar nutrientes em floriculturas ou em supermercados e, posteriormente, aplicá-los no borrifador, juntamente com a água. E, assim como acontece com o processo de rega, a adubação precisa ser feita lentamente, sempre em pouquíssimas quantidades.

Se preferir, e quiser ter mais praticidade, ainda há a possibilidade de investir em substratos que já apresentam adubo em sua formulação. São versões capazes de liberar o fertilizante gradativamente, sempre ao entrar em contato com a água.

Evite as pragas e insetos

As pragas e os insetos podem ser os grandes vilões do jardim vertical, interferindo na saúde e na beleza das folhagens. Desse modo, o ideal é investir em medidas específicas para evitar o surgimento desses elementos em suas folhagens.

A primeira delas é monitorar frequentemente as condições do espaço, removendo as plantas doentes. Ainda, evitar a irrigação excessiva pode fazer a diferença, já que cria um ambiente propício para a proliferação de insetos.

Em compensação, considere utilizar uma adubação orgânica e equilibrada, ideal para fortalecer o local e garantir que as pragas fiquem afastadas. Tudo isso, sem deixar de prezar pela boa circulação de ar e oferecer a iluminação correta. Acredite: com esse tipo de atenção, o seu jardim vertical ficará sempre belo e impecável.

Priorize a irrigação

Garantir que as plantas estejam bem irrigadas é essencial. Aliás, existem períodos próprios para essa atividade: logo nas primeiras horas da manhã e no fim da tarde. Molhar as plantas em horários quentes demais ou à noite não é benéfico à planta.

No primeiro caso, a água irá evaporar mais rápido. No segundo, por sua vez, a absorção do líquido será mais lenta, deixando as folhagens úmidas por um longo tempo. 

Dessa forma, podemos afirmar que a rega constante conseguirá auxiliar as plantas a absorver tanto a água, quanto os nutrientes presentes no substrato. Inclusive, esse processo pode ser feito de duas maneiras diferentes: manual ou automático. Vamos conhecê-los melhor?

A irrigação manual

Irrigar as plantas manualmente demanda o uso de certos acessórios. O regador e a mangueira são os principais dessa lista. Atualmente, existem várias opções desses artigos, que podem variar de tamanho e design. Você só precisa escolher aquele que mais gostar e que conseguir suprir as suas necessidades.

No momento de armazenar a mangueira, é interessante acomodá-la em uma alça ou alguma estrutura própria para essa finalidade. Tal atenção é imprescindível para garantir que o seu espaço fique organizado e também prolongar a vida útil do produto.

Em contrapartida, temos o regador. Ao sair em busca desse item, você encontrará, ao menos, três versões distintas no mercado. As principais são:

  • O regador com crivo: em que a água sai em um fluxo menor. É muito usado para irrigar folhagens volumosas;
  • O regador sem crivo: nessa alternativa, a água sai mais direcionada e concentrada. Consequentemente, é uma boa saída para regar plantas que estão no solo;
  • Regador com bico: é recomendado para realizar a rega de plantas localizadas em espaços altos ou que exigem cuidados delicados.

A irrigação automática

E, para finalizar o nosso conteúdo sobre o jardim vertical, destacamos a irrigação automática. Mencionada anteriormente, essa modalidade é indicada para aqueles que não possuem tempo de sobra para cuidar das folhagens e, dessa forma, desejam investir em um sistema prático e eficaz.

Tal sistema é conhecido por permitir o gotejamento por meio de cortes pequenos — que devem ser feitos em toda a extensão de uma mangueira. Esta, por sua vez, estará fixada na estrutura do jardim vertical, com a ajuda de abraçadeiras.

Dica extra! Seja como for, é sempre bom conhecer as características e os cuidados necessários com cada tipo de planta. Até porque, algumas espécies podem exigir mais regas; já outras, precisam de pouca água para se manterem saudáveis.

Mantenha ainda os vasos limpos e, de tempos em tempos, certifique-se de que a estrutura do seu jardim vertical está reforçada. Apesar de parecer algo simples, esse cuidado é primordial para garantir que o seu cantinho verde dure por mais tempo, sem atrapalhar o desenvolvimento das plantas.

Viu só? Como foi possível notar ao longo deste conteúdo, o jardim vertical é uma excelente maneira de inovar um projeto de decoração. Com ele, conseguimos ter mais frescor, cor e informação no ambiente — o jeito alegre e repleto de vida.Já se você gostou dessa leitura e deseja continuar acompanhando outros conteúdos como este, não deixe de conferir o blog da Ávila Urbanismo. Lá, é possível encontrar informações valiosas sobre o universo da decoração e da arquitetura. Até a próxima!

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