Se você pensa em mudar de imóvel, sabe que precisa pensar em vários aspectos antes de tomar a decisão. Um deles é o orçamento disponível. Afinal, é difícil saber quanto custa construir uma casa.
Qualquer que seja seu nível de renda, é importante saber que é possível alcançar o que deseja. Basta se planejar financeiramente e pensar em todos os custos envolvidos.
É o que vamos mostrar neste conteúdo. Aqui, mostraremos por que é preciso organizar a construção do imóvel, quais são os custos envolvidos e dicas para economizar.
Achou interessante? Continue lendo e saiba o que fazer!
A necessidade de planejar a construção da casa
Na hora de adquirir um lote ou imóvel, você precisa pensar no valor que vai desembolsar. É aí que saber quanto custa construir uma casa faz toda a diferença.
Além de você ter a chance de investir seu dinheiro em algo que realmente quer e com todos os critérios que deseja — como número de quartos e cômodos, espaço aberto, contato com a natureza, localização, etc — é possível realizar a obra aos poucos, conforme suas possibilidades.
Para terminar com mais rapidez, vale a pena fazer um planejamento prévio para a construção. Nesse processo, considere alguns quesitos, como:
- orçamento disponível: confira suas contas, analise sua renda, veja possíveis investimentos que tem e as dívidas que ainda paga. Anote em uma planilha ou aplicativo financeiro todos os recebimentos e gastos para saber quanto já tem à disposição e em quais categorias de despesas economizar;
- custo da obra: contrate um profissional, como um arquiteto ou engenheiro civil, que fará uma estimativa de todos os dispêndios. Você pode usar algumas ferramentas para realizar esse procedimento — vamos apresentá-las mais para frente. De toda forma, o apoio especializado ajudará a ter uma noção mais clara e próxima da realidade;
- projeto: veja quanto será cobrado pelo profissional, se optar por ter esse apoio. Essa indicação ajudará a definir o cronograma de pagamentos, que deve ser compatível ao da obra, e as despesas já previstas, como materiais, mão de obra e mais;
- despesas adicionais: é praticamente certo que surgirão alguns gastos extras durante a obra. Isso é normal. Você pode ter esquecido de algum elemento, como a jardinagem, ou desejar mudar um pouco o projeto. Portanto, prepare-se para essas situações.
Perceba que o objetivo é organizar seu orçamento. Por isso, faça uma pesquisa completa dos fatores — aqui, já estamos apresentando os principais! Além de todos esses, avalie o valor investido no lote, nos projetos elétrico e hidrossanitário, com impostos e custos administrativos.
Tenha em mente que conversar com profissionais, como os corretores de uma empresa de urbanismo e arquitetura, ajuda a saber quanto custa construir uma casa, com todos os pré-requisitos. No diálogo, você também confere as condições de pagamento e quais opções têm o melhor custo-benefício.
Por exemplo, você verá que um condomínio fechado ou o loteamento em um bairro planejado são melhores, porque costumam oferecer contato com a natureza, ao mesmo tempo que estão bem localizados.
Os custos envolvidos na construção do imóvel
O planejamento financeiro prévio leva a essa etapa. Aqui, você começa a colocar a mão na massa! Por isso, é um momento animado, que nos deixa mais próximos de dar esse passo à frente.
Agora, se você quer saber quanto custa construir uma casa, precisa considerar todos os gastos envolvidos. Já demos algumas dicas antes. A seguir, vamos ser mais específicos. Confira!
Padrão do imóvel desejado
Seu objetivo é viver em um imóvel mais simples ou cheio de requintes? Essa decisão vai interferir no custo final, até mesmo porque influencia a compra dos materiais e dos acabamentos. De modo geral, os projetos residenciais são enquadrados em três classificações:
- padrão baixo (R1–B): é aquela casa com um pavimento único e que tem dois quartos, banheiro, sala, cozinha e área de serviço. Algo mais simples, mas funcional;
- padrão normal (R1–N): é maior, mas ainda tem um pavimento. Tem três quartos, sendo uma suíte, banheiro social, cozinha, área de serviço com banheiro, sala, espaço de circulação e varanda com garagem;
- padrão alto (R1–A): tem um pavimento, mas contém quatro quartos, sendo duas suítes com closet. Ainda contam com salas de estar, de jantar e íntima, banheiro para visitas, espaço de circulação, área de serviço completa, cozinha e varanda com garagem.
A partir dessa definição, você deve verificar o valor médio na sua região e multiplicar o número pela área pretendida. Quem vai definir esse quesito são as ferramentas de cálculo do quanto custa construir uma casa.
Existem duas principais. A primeira é o Custo Unitário Básico (CUB). Ele serve como referência para o mercado imobiliário. No caso do estado de São Paulo, em dezembro de 2019, o padrão baixo ficou em R$ 1.316,24 por metro quadrado.
O padrão normal fechou em R$ 1.616,19/m2 e o alto fechou em R$ 1.945,02/m2. Isso significa que, se você escolher um projeto de casa de 150 m², vai gastar, em média:
- R$ 197.436 no padrão baixo;
- R$ 242.428,50 no padrão normal;
- R$ 291.753 no padrão alto.
Outra base que pode ser utilizada é a do SINAPI. A pesquisa feita pelo IBGE é divulgada todos os meses. A maneira de fazer o cálculo é a mesma do CUB.
Tipo de terreno
O espaço em que você vai construir seu imóvel é outro fator relevante. Veja os detalhes para fazer o cálculo do modo mais correto possível.
Por exemplo, se o terreno for acidentado, ele exige um gasto maior para colocar a fundação da casa. Caso seja plano, o custo é menor, porque não tem esse trabalho.
Materiais
A qualidade dos materiais interfere no resultado da construção. O ideal é comprar os insumos em empresas confiáveis. Além disso, pense no custo-benefício, não apenas no preço. Como vai comprar em quantidade, pode barganhar um desconto, especialmente se fizer o pagamento à vista.
Faça orçamentos em diferentes fornecedores, a fim de ter uma ideia de como é a variação de preços. Caso não tenha espaço para guardar tudo, mas queira conseguir um desconto maior, verifique se pode fazer o pagamento na hora e receber aos poucos.
Mão de obra
Os profissionais podem ser autônomos ou ligados a uma loteadora, uma construtora ou a um arquiteto ou engenheiro civil. De toda forma, é preciso pesquisar e colocar os gastos na ponta do lápis.
Apesar da mão de obra autônoma ser mais barata, ela tende a atrasar a entrega. Além disso, você terá que gerenciar a construção e isso tende a ocupar um bom tempo do seu dia.
Por sua vez, a outra opção garante um trabalho mais bem executado e capaz até de reduzir custos. Para ter uma ideia, a obra costuma terminar em um período até 30% menor. O motivo é a diminuição dos erros de execução, que aumentam o prazo de entrega e o desperdícios de materiais.
Acabamentos
A avaliação dos acabamentos também deve ser feita na hora de calcular quanto custa construir uma casa. Veja quais materiais serão usados e qual o tamanho da obra. Perceba que diferentes opções têm custos diversos. Isso vale para cerâmica, porcelanato, reboco, massa corrida e o que mais você quiser usar.
7 dicas para economizar ao construir uma casa
A análise dos itens anteriores e o cálculo de quanto custa construir uma casa são essenciais para você se planejar, como falamos no começo. Porém, engana-se quem pensa que é impossível economizar, especialmente nos imóveis de alto padrão.
A sustentabilidade já chegou nas obras e oferece uma grande ajuda financeira. Tanto é que o próprio arquiteto ou engenheiro é capaz de determinar quais materiais serão reutilizados, sem prejudicar o resultado do projeto.
Além disso, um profissional traz mais exatidão ao seu cálculo. Quando você opta por realizá-lo sozinho, há uma grande chance de incorrer em erros, ainda que utilize o CUB e o SINAPI. Isso acontece por vários fatores, como:
- escolha do padrão de construção errado;
- esquecimento de documentações importantes, como alvará de construção;
- desconsideração da variação mensal dos CUBs;
- definição dos valores unitários incorretos dos itens básicos da obra;
- planejamento inadequado da quantidade de materiais;
- desatenção com a mão de obra.
Por isso, a prerrogativa máxima é contar com um profissional especializado. Ainda assim, você pode conferir algumas dicas inteligentes para economizar ao construir sua casa. Acompanhe algumas das principais!
1. Questione e acompanhe os projetos
O ideal é consultar vários arquitetos ou engenheiros civis para fazer orçamentos. Veja quais deles atendem às suas demandas e quanto vão cobrar pelo resultado. Tenha em mente que o recomendado é que o ganho do profissional fique entre 5% e 10% do valor total da obra.
Além disso, questione sempre que achar necessário ou não entender alguma coisa. Como cliente, você tem esse direito. Se conseguir visualizar o projeto em 3D, muito melhor. De toda forma, pergunte, porque o projeto de gesso com rebaixos e sancas, por exemplo, pode gerar economia pela simplificação.
2. Considere os acabamentos
O custo-benefício sempre deve ser o foco — e aqui é a mesma ideia. Conheça as possibilidades, pesquise, visite lojas e questione os profissionais sobre os materiais mais duráveis ou aqueles mais adequados ao uso. Por exemplo, é melhor usar piso áspero no quintal e um liso na parte interna.
Lembre-se ainda de atentar à escolha de mármores e granitos. A depender da escolha, a economia pode chegar a 50%! Ainda assim, garanta que as propriedades do material correspondem às esperadas.
Por fim, tenha cuidado com as compras menores, de azulejos, luminárias, tomadas, maçanetas de porta e mais. A variedade de modelos torna fácil escolher um modelo que agrade, mas seja econômico.
3. Adote a sustentabilidade
Uma obra sustentável é aquela que reutiliza alguns materiais, sem comprometer a qualidade final. Além disso, existem alguns materiais com essa característica. Eles custam um pouco mais caro, mas oferecem economia a longo prazo.
É o caso de luminárias eficientes, painéis solares, lâmpadas de LED e torneiras economizadoras ou com arejador na ponta. Elas ajudam a economizar água e energia elétrica. O benefício chega à faixa de 10% a 15% do valor da obra.
4. Escolha os profissionais com cuidado
As pessoas que vão trabalhar com você devem ser bem pesquisadas antes do contrato ser fechado. Verifique as referências e tenha uma conversa clara antes de finalizar o negócio. A ideia é garantir a sinergia da equipe para assegurar fluidez na obra.
Caso contrate um profissional ou empresa que administre os trabalhos, fica mais fácil. Você terá apenas o trabalho de fazer reuniões periódicas para saber como está o andamento do projeto.
Se preferir um autônomo, crie um calendário da obra para ser seguido. Defina prazos e metas, assim como datas de compras dos materiais para evitar atrasos e mais gastos.
5. Execute algumas etapas sozinho
O modelo do it yourself (DIY) já é moda em todo o mundo e vale para pessoas de todos os níveis de renda. A ideia é deixar algum trabalho bem com a sua cara e personalidade. De quebra, você ainda economiza alguma quantia, que pode ser aplicada para outra finalidade.
O único cuidado é com a definição do que vai fazer. O ideal é optar por algo que você já domine, não pelas atividades aparentemente simples. Pintar a parede, por exemplo, pode parecer algo comum, mas há um gasto maior de material quando o preparo é pouco.
Além disso, nunca faça uma atividade muito especializada, como colocação de pisos ou instalação da parte elétrica. O resultado ficará fora do esperado e é necessário cuidar da segurança, em primeiro lugar.
6. Faça o planejamento em etapas
A compra de materiais é mais eficiente quando você adquire apenas o necessário. É claro que você deve ter um planejamento mínimo. No entanto, é importante evitar a empolgação.
Tome decisões de forma racional e evite adquirir objetos fora do orçamento, apenas porque os achou bonitos. Ter disciplina é fundamental para que o planejamento financeiro não seja extrapolado.
Portanto, preveja o que será necessário nas etapas de uma obra. Identifique o que deve ser feito antes, o que pode esperar, se é possível se mudar sem ter todos os móveis, etc. Assim, você adapta sua realidade.
7. Faça o armazenamento correto dos materiais
Os itens comprados precisam ser guardados da forma correta para evitar problemas. Alguns deles estragam se você deixar ao relento. Por isso, atente ao que é necessário fazer para cada tipo de material, como areia, ferragens, cimento, ferramentas e mais.
Proteja os itens do sol, da chuva e de outros agentes que os danificam. Pense nisso ainda antes de começar a obra, para garantir o respeito às normas e impedir os prejuízos. Aqui, também vale fazer a compra por etapas.
Os principais erros cometidos ao construir uma casa
Além de todas as dicas que apresentamos, é preciso conhecer os erros que podem acontecer quando estiver construindo sua casa. Isso impacta os custos. Por isso, evitá-los é uma forma de economizar. Veja quais são os principais.
Falta de planejamento
O planejamento é essencial para garantir a execução correta da obra, sem desperdícios e perdas. Porém, ele é mais do que orçamentos e plantas. Inclui diferentes detalhes, como:
- valores;
- prazos;
- entrega de materiais;
- tempo;
- possíveis imprevistos.
Para evitar essa situação, vale a pena contar com engenheiros ou arquitetos. Além de garantir a aprovação na Prefeitura — e evitar uma construção irregular —, essa medida traz vários benefícios.
Por exemplo, impede que a obra tenha problemas estruturais, sofra sobrecarga ou tenha suas fundações mal planejadas. Isso é importante para garantir a segurança dos moradores a longo prazo, já que trincas e fissuras podem surgir.
Assim, o planejamento deve contemplar todos os pontos necessários ao construir uma casa. Isso vai da fundação ao orçamento e detalhamento do material. Ainda devem ser incluídos detalhes elétricos, hidráulicos e de acabamento.
Desnível do piso
O desnível pode acontecer quando os profissionais deixam de fazer essa verificação no processo de construção da casa. Um engenheiro evita esse problema, que pode levar à quebra de todo o piso para refazer a queda da água — outro erro derivado desse.
Caimento inadequado da água
O caimento inadequado surge a partir do desnível do piso. Assim, quando se lava o quintal, o banheiro ou cozinha, surgem poças. Isso porque a água não escorre pelo ralo. Por isso, novamente, é preciso de um engenheiro para garantir a queda correta.
Escolha inadequada de materiais
Os materiais devem ter qualidade. Caso contrário, o resultado de quanto custa construir uma casa acaba sendo maior. Por isso, o foco sempre deve ser o custo-benefício. Até mesmo porque a escolha inadequada pode gerar problemas de segurança.
O ideal é fazer orçamentos em vários locais para conseguir o melhor preço possível, sem deixar de lado a qualidade. Essa medida evita a necessidade de uma reforma em pouco tempo. Isso porque a falta de qualidade nos materiais da parede, por exemplo, provoca rachaduras. Portanto, é melhor evitar o “barato que sai caro”.
Tubulação mal planejada e instalada
A falta de um bom planejamento hidráulico gera problemas na pressão da água devido à má instalação da tubulação. Normalmente, isso faz com que existam “morrinhos”, ou seja, os canos têm subidas e descidas para contornar portas e outros elementos.
Assim, há perda de pressão e acúmulo de água nos locais. O grande problema é que a solução exige a quebra de todas as paredes e a modificação de toda tubulação. Por isso, sai mais barato fazer um bom planejamento.
Excesso ou falta de tomadas
As tomadas são necessárias, mas são problemáticas quando há excesso ou falta. Devido ao grande número de equipamentos eletroeletrônicos, o ideal é fazer um bom planejamento elétrico. Assim, você evita que a decisão ocorra enquanto a obra está sendo realizada.
A mesma dica deve ser considerada para reformas. Afinal, o mal planejamento pode gerar sobrecarga no sistema e colocar em risco sua segurança devido à possibilidade de curtos-circuitos e incêndios.
Rede elétrica sem potência adequada
O grande número de equipamentos eletrônicos também exige a análise da potência da rede elétrica. Inclusive, esse é um erro bastante comum e que gera dor de cabeça. Isso porque a fiação pode começar a derreter e o disjuntor, a cair.
Esses problemas surgem quando são instalados equipamentos com potências acima da suportada. Por isso, a rede elétrica sem potência adequada pode exigir até a troca de toda a fiação e do disjuntor.
Dimensionamento incorreto dos espaços
É provável que você já tenha ido a algum local e percebido que a sala é muito grande e a cozinha, pequena demais. Esse é apenas um exemplo, já que o dimensionamento incorreto dos espaços pode afetar todos os cômodos.
O ideal é considerar todas as suas necessidades e lembrar que, em uma casa, as demandas são diferentes. Por exemplo, uma área de serviço pequena — que caiba uma máquina de lavar e um tanque — é suficiente para um apartamento. Em uma casa, ela precisa ser maior, porque o cômodo contará com outros itens.
Ainda é importante avaliar onde colocar escadas, lareira e outros detalhes da obra. Assim, você evita que a colocação da cortina seja prejudicada, por exemplo, ou que a fuligem se espalhe com facilidade e cause um acidente.
Como ficou claro, construir uma casa é uma atividade que requer atenção aos detalhes. Você precisa escolher o projeto, comprar os materiais, contratar profissionais, armazenar os itens da forma adequada, etc. De todo modo, é possível economizar com a adoção de boas práticas.
É o caso das dicas que repassamos, que servem tanto para projetos de alto padrão quanto para outros mais simples. Assim, você calcula quanto custa construir uma casa e se prepara para enfrentar esse período de mais gastos. No final, você terá o lugar que sempre quis e verá que tudo valeu a pena!
E você, gostou de saber quanto custa para construir sua casa e as dicas que passamos? Assine nossa newsletter e confira mais ideias para ter o imóvel dos seus sonhos!
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